O vereador Sebastião Vieira de Andrade, escrivão e tabelião juramentado, dirigia os trabalhos da Câmara, quando foi interrompido em sua explanação por um vereador :
- Nobre vereador, aí houve um equivôco.
Sebastião Vieira Andrade, mordaz e sarcástico, apesar da aparência sisuda; tentou corrigir e ajudar ao edil :
- Não seria equívoco ?
- Não é equivôco mesmo.
Para não prolongar a discussão e encerrar a polêmica, propôs-se uma votação. Político adora voto. Votação secreta, não causa constrangimento. Libera a consciência e falsos pudores.
Apurados os votos, equivôco ganhou por oito a zero. Sebastião Vieira de Andrade não teve nem o gostinho do voto minerva no caso de um empate. Como na política nem sempre ganha o correto.