Cidade de
Tocantins: https://www.tocantins.mg.gov.br/historiaCanarinho
Seus cabelos loiros renderam-lhe este apelido carinhoso, dado pelos estudantes do Colégio Agrícola de Rio Pomba. A certidão de batismo lhe reservou o nome de Antônio Teixeira das Graças. Filho de humildes camponeses era a esperança da família a um futuro melhor. Canarinho sonhava e vislumbrava e voava a um futuro promissor. Em 1.971, um estúpido e cruel atropelamento o assassinou. O Senhor Supremo aplainou e acolheu o seu vôo. O jovem pássaro passou gorjear no céu. A sua morte despertou nos corações dos colegas estudantes a rebeldia, até então contida, contra o modelo tirânico implantado, no Brasil, em 1.964. No colégio agrícola, tudo era proibido, mesmo o simples ato de andar de chinelos de dedos. Cabelos compridos, à moda "beatles", nem pensar, contestação punida com exagerado rigor. Liberdade nenhuma. Colégio civil, mas com regime militar. Cabelo cortado à Príncipe-Danilo. Marchar em "paradas" de 7 de setembro. Dormir às 21:00h, acordar às 06:00h. Havia a lei do silêncio, da omissão e dedurismo. Revistas eróticas ou pornográficas só as clandestinas de Carlos Zéfiro. Eleições só se fosse para síndico de prédio, mesmo assim sem reuniões prévias, pois podia parecer comício e aí já era provocação. Em plena vigência do AI-5, os estudantes fizeram uma greve de luto por sua morte. A insurreição dos jovens estudantes fez com que se abrisse o Grêmio Literário, fechado há muito tempo sabe se lá por quais motivos. Parece que até pensar não era permitido. A Quadra de Esportes recém construída e prestes a ser inaugurada recebeu o nome de Canarinho, designação antes reservada ao pai do ditatorial diretor do colégio. Como todo bom mineiro, Canarinho também tinha necessidade de ver o Mar. Um dia, seus amigos cariocas levaram-no ao Rio de Janeiro. Embevecido pela paisagem, ficou estatelado ao sol escaldante da praia de Copacabana. Retornou com queimaduras de 3º grau, com saudades das nossas amenas montanhas. Durante quase sete anos estudamos juntos. Éramos a primeira turma de Técnicos Agrícolas a se formar pelo educandário. A música em homenagem ao Canarinho foi feita em 1.979. É fruto de um pedido que me foi feito pelo Prof. Geraldo Magela ( Calado) Paschoalino para participar de um concurso, com tema livre, para uma Escola de Samba da cidade. O Calado em conjunto com a minha irmã Sueli Vieira Gomes, atual Diretora da "Escola Estadual Mariana de Paiva", me forneceram as informações sobre o município, utilizadas na construção da letra da música.
CARNAVALESCOS
Fiíta (Porta-bandeira), Edmundo (Percussionista e Diretor da Escola de Samba).
ITARARÉ
Time de futebol, tinhoso, com tradição de raça e vitórias na Zona da Mata, conquistando vários títulos regionais.
PARAOPEBA
Pequeno e preguiçoso ribeirão que percorre a cidade. Faz parte da Bacia do Rio Paraiba do Sul.