Rua do Alto , Maria Benzedeira,
Das Flores , do Campo ,
Sacramento , Saudade
, do Sapo ,
da Cachoeira,
Largo , Pracinha
, Rua do Zé
Bento
Morro-e-morro, morro por minha
terra Sá Lódia , Tatal e toda a
passarada
Quero viver nesta imensa serra
Que encerra esta gente animada
Debruçar ( debruçar...)
E pescar piau da ponte
Assuntar-se de boatos na barbearia Cantar na chuva que rega a
fonte
Enxugar-se no sol do novo dia
O primeiro arraial virou Sapé Samba aqui a gente faz na
ponta do pé
Tilúcio na avenida
Carnaval não morre ainda
E não pode morrer
Sambar é nossa vida
Olha que coisa mais linda
A cabrocha remexer
Todo o meu ser
Sei não...
Pode o sol me faltar
E o dia raiar
Na escuridão
Sei não...
Que esta escola de bamba
Desfila com a coragem
Da Calouros ....
Hoje a Calouros do Samba desce o
morro
E sendo a nossa voz popular
Vem prá nos pedir socorro
E também prá denunciar
A poluição que arrasa o nosso rio
De forma brutal e vulgar
Deixando em nós este vazio
De matar a vida pro progresso passar
Como pode o peixe-vivo nosso rio habitar
Como pode a nossa gente
Providências não tomar
Remansos, águas claras, cachoeiras,
Crianças, pescadores, lavadeiras ,
Já não têm mais
A poluição profanou
Lambaris e arrozais
Os versos que o poeta sonhou
Chora Chopotó , chora meu povo,
Nem que seja com lágrimas
Vamos regá-lo de novo