Vó Elisa, nossas ruas - nossa história

(carnaval da Calouros do Samba – 1981)

 

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Rua do Alto, Maria Benzedeira,

Das Flores, do Campo, Sacramento,

Saudade, do Sapo, da Cachoeira,

Largo, Pracinha, Rua do Zé Bento.

 

Morro-e-morro, morro por minha terra,

Sá Lódia, Tatal e toda a passarada,

(Sabiá, Papagaio)

quero viver nesta imensa serra,

que encerra esta gente animada.

 

Desfilando por sobre estas ruas,

caminhando sobre a nossa história,

de fartas, afoitas falcatruas,

que nos foge à memória.

 

Conceição quem foi este Conde,

da índia, morena ou mulata,

pergunto ninguém responde,

Rua dos "Tocos" não tem cascata.

 

Mesmo a nossa data, maior,

comemorada ano-a-ano,

o povo mudou prá melhor,

Esquina, Fundão, Morro do Trajano.

 

Morro-e-morro, morro por minha terra,

Sá Lódia, Tatal e toda a passarada,

(Sabiá, Papagaio)

quero viver nesta imensa serra,

que encerra esta gente animada.

 

Valadares perdeu pro "Vai-e-Volta",

a primazia de um logradouro,

não foi por termos de revolta,

a voz do povo vale ouro.

 

Buscando a mais remota data,

Corta-Rabo, hoje Santa Cruz,

nossa escola também retrata,

esta rua que tanto seduz.

 

Morro-e-morro, morro por minha terra,

Sá Lódia, Tatal e toda a passarada,

(Sabiá, Papagaio)

quero viver nesta imensa serra,

que encerra esta gente animada.

 

Getúlio Vargas eterno herói,

defensor do trabalhador,

sem cerimônia virou Niterói,

na voz do povo, a voz do amor.

 

Para Vó Elisa, parteira tão querida,

pedimos um nome de rua,

a esta personagem que insinua,

a liberdade, a cor, a vida.

 

Rua do Alto, Maria Benzedeira...